quinta-feira, 11 de abril de 2013



A perfeição do amor

Se o paraíso é aqui ou não,
nada sei.
Se a vida termina aos oitenta,
nada sei.
Se no fim do arco-íris um pote de ouro,
nada sei.
Se as estrelas no céu são aqueles que viveram antes de nós,
nada sei.
Se o erro nos leva a correção,
nada sei.
Se é difícil tentar depois que perdemos,
nada sei.
Se acreditar provém da esperança,
nada sei.
Se os dons são concedidos aos mortais para aprendermos a perfeição,
nada sei.
Se somos pais para entendermos o amor infinito que Deus tem por nós,
nada sei.
Se vivo para ser alguém melhor,
nada sei.
Se amar o próximo é buscar o ápice da mortalidade,
nada sei.
Mas se o mundo pode ser um paraíso,
eu preciso saber como fazê-lo melhor.
Se posso chegar aos oitenta, aos noventa, aos cem,
eu preciso saber o que fazer quando chegar lá.
Se no fim domeuarco-íris um pote de ouro,
eu preciso saber como alcançá-lo.
Se as estrelas são aqueles que viveram antes de nós,
eu preciso conhecê-los.
Se um erro me leva à correção,
eu preciso aprender.
Se é difícil tentar depois que perdemos,
eu preciso aprender a esquecer.
Se acreditar provém da esperança,
eu preciso ter mais fé.
Se os dons são concedidos aos mortais para aprendermos a perfeição,
eu preciso descobri-los e aperfeiçoá-los.
Se somos pais para entendermos o amor infinito que Deus tem por nós,
eu preciso amar mais meus filhos.
Se vivo para ser alguém melhor,
eu preciso viver de modo mais digno.
Se amar o próximo é buscar o ápice da criação,
eu preciso dizer mais vezes que eu amo,
e não dizer, mas viver de modo que saibam disso.
O melhor da vida depende de nós,
fazer o que o restante faz
não nos torna melhores.
Os maiores vencedores
foram aqueles que lutaram para trazer esplendor
à sua existência e ao mundo.

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